quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Biblioteka Nômade Alexandrya


NOVÍSSIMO PROMETEU

Eu quis acender o espírito da vida,
Quis refundir meu próprio molde,
Quis conhecer a verdade dos seres, dos elementos;

Me rebelei contra Deus,
Contra o papa, os banqueiros, a escola antiga,
Contra minha família, contra meu amor,
Depois contra o trabalho,
Depois contra a preguiça,
Depois contra mim mesmo,
Contra minhas três dimensões.

Então o ditador do mundo
Mandou me prender no Pão de Açúcar:
Vem esquadrilhas de aviões
Bicar o meu pobre fígado.
Vomito bílis em quantidade,
Contemplo lá embaixo as filhas do mar
Vestidas de maiô, cantando sambas,
Vejo madrugadas e tardes nascerem
– Pureza e simplicidade da vida! –
Mas não posso pedir perdão.

Murilo Kid

Terroristas Iluminados


Murilo Kid entrou final d noite
no Kabaré
carregando 1m piano nas kostas
Pulou por uma das janelas d kaos
do Saloon Mosaiko
Pos o piano no centro d gravidade
debaixo do lustre d rosasneons

Pediu Licor-d-Antimatéria
tocou concentrado seu piano qantiko
na idéia d roubar musica ds esferas metafísikas
& outros truqes ds universos

13 anos
daqeles qe cedo fogem dEscola
segue o sertão
busca aventura&autoenfrentamento
obedece ao vigor d corpo
a disposiçao d alma
não fica pra ver os filmes
sua vida é o filme
qe esperam todos?
“Eu só vejo o céu pelo avesso”

Com seu piano qantiko
tocou selvagem
o sexo ds elétrons
Fez brotar 1m mundo
Botou flores&lagartos lá
Inventou meninas  orqestras&alfabetos
Deu d comer aos lobos
Adubou a terra com seu sêmen azul
Destilou vodka & fez chover fibras óticas

E qando todos nós estávamos deslumbrados
Um qantun embriagados
Com seu sorriso de menino maroto
Ele se pos a destruir tudo

Qebrou as ligações atômikas
Inverteu o propósito ds karbonos
Derreteu as moedas qe ele mesmo cunhou
Exilou os sacerdotes qe ousaram
dizer em seu nome
Jogou 1m cometa ns parlamentos
Esmagou seus exércitos
E estilhaçou o piano

Cada tecla
1ma borboleta
arrastando 1m terremoto

Depois dançou pelo salão
com seus inimigos imaginários
Riu de nosso espanto
Nos deu doces&travessuras
E antes de partir
Bem diante d nossas pupilas famintas
Segundos antes d mergulhar no burakonegro
Murilo Kid ainda psikografou:

“Eu existo pra assistir ao fim do mundo
Não há outro espetáculo que me invoque.
Eu preciso assistir ao fim do mundo
Para saber o que Deus quer comigo e com todos
E pra saciar minha sede de teatro.”




sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Blake, o Arcanjo Qantiko

O Universo é um aglomerado de bolhas existenciais e vazios, dimensões coalhadas, tudo se interpenetrando num simulfluxo. Os homens creem que as coisas existem separadas: as pedras, os corpos as almas as borboletas. Mas isso só serve pra os homens racionalizarem, entenderem as coisas, e explica-las. Na verdade esta tudo mesclado, tudo coexistindo, não há fronteiras nem limite nem os paradoxos do tempo. E por causa dessa ilusão da mente, essa ilusão de separação, é que existe a InterZone, ou o EntreMundos. A própria mente construiu esses túneis e corredores entre os universos.
É por lá que Blake vaga, flutua, com seu corpo de plasmaluz e seu coração virado do avesso. Ele habita o limbo entre o ser e o não-ser. E pode entrar e sair desse limbo, como bem entender. Pode provar das energias e escapar das formas. 
Quando Blake se dispersa, ele é onda, ele esta uno com o Universo, reconhece a unidade do mundo, e nada precisa ser explicado. 
Mas quando Blake esta coeso, ele é partícula, esta verso com o Universo, e quer entender a relatividade das existências. 
Ele nunca se importou em ser nem não-ser, se permite vagar em todas dimensões e provar de todas as possibilidades, pois, tem fome e fúria demais pra okupar apenas um lugar no mesmo lapso de tempo, caso tempoespaço fossem reais.
Seus olhos de fumaça espakam da InterZone e nos convidam a vagabundear no Simulfluxo...
É bem possível confundirmos seus eletróns com os girassóis que chovem em Saturno!

Do Tratado do Mental Kombat
Livro III - Magos Qantikos
Cap. XVIII - MultiUnivero & Simulfluxo





sábado, 5 de setembro de 2015

LeviatahXXI



Mr. Leviatah
acordou mais tard hoje
com hálito d ressaca
cercado d putas gordas
malboros&licitações&fraudes

Ainda mais pesado qe ontem
a imensa pança
empanturrado d boi industrial
processo judicial&antivírus&patentes&logomarcas

Mr. Leviatah
esta nu
caminha pelas ruas assim
bem nu
ninguém comenta
ninguém estranha
suas flores d amoníaco
seus olhos d detergente
chapados d glicerina
          
             a cloaca botando ovos d condomínios&presídios

Toda aldeiaglobal teme
qe Mr. Leviatah um dia não acorde
bemcedo
e dê corda nos carrinhos&soldadinhos&satélites
Nada pode parar a linha dmontagem&a guerra
Porisso
todos vão bemcedo aos templos
orar
praq Mr. Leviatah
não fiqe tão obeso
qe não possa mais
caminhar fimdtarde por wallstreet
com seu cãopolicial
e toda sua côrte transnacional

As crianças já nascem aprendendo o medo
medo d qe caiam os satelites
e nãomais possam acessar
mapas&wargames
qe percam d vista
o tamamho d pança de Mr. Leviatah
Porisso estudam estudam estudam
levantam maiscedo ainda
estudam estudam estudam
pra aprender a clonar os mamutes
caso Mr. Leviatah não acorde


Mas Mr. Leviatah acordou hoje
embora tarde
ainda nu&bêbado
as putas gordas lambendo seus testiculos
os contratos d petróleo&vigilancia&genoma
na mesa por assinar
Ele está cansado
pesado metal&cigarro
sobrecarregado dinteresses ds nações
camuflado d quartos poderes
kodific4do pelo pEnTágono

Ele se arrrasta
mas ainda está entrenós
nu
e bêbado

Qalqer dia desses Mr. Leviatah cai
morre de cirrose sífilis ou câncer intestinal

Até lá
ainda levantaremos bemcedo
e trabalharemos
Construíremos vários andaimes
pra sustentar seus braços&pernas
Enriqeceremos plutônio
pra manter seu coraçãomotor
Teremos sucesso&poder&glória
qando alcançarmos
seus olhos d pirâmide

E se algum dia
Mr. Leviatah esqecer de nós
seja por porre peso putaria?
O qe nos  restará
senão sustentar suas putas gordas
os malboros
senhas d acesso
noormose
& toda a metafísica
ds anjos karnívoros?







quinta-feira, 11 de junho de 2015

Satelytes


Êxodus

Este planeta
é nave d karbonos
qe atravessa
o fluxo sanguíneo
do kaos

nave qe esqeceu
a rota
a viagem
o propósito
do koração

Espaçonave qe guarda
a Grande Guerra
e clona a memória
dos sobreviventes
em grãos d arroz radioativo

Fuga
do Sertão
O medo
de burakonegro
de qe as luzes da cidade
um dia se apaguem

essa nave:
crosta de cometas&meteoros
água gás vulcão
a medida áurea
em nosso umbigo
os olhos dos meninos
exilados de Capela

Essa orbe
é projeto d anjos?
trabalho d homem?
laboratório alienigena?
comédia d demônios?
ou a arqitetura da mente?

As respostas
não param a velocidade
anjos&ciborgues&macacos
tanto faz
tudo sempre viaja
troca pele&koração
a uva nasce
e morre vinho
a todo instante

viver -
uma aventura
num fragmento
da ilha Big Bang

a mãode-deus
o sal da-terra
blocos d piramides&dna
antenas d silício

moldar a terra
enqanto ela navega
reformar a nau
em meio a Tormenta

é coisa desses argonautas
dar cultura aos girassóis
isso de arar o pântano
e dar pedagogia ás rãs
reconfigurar as geologias
&ouvir blues
enqanto a nave cai

enqanto não tomba
semeamos jardins
plantamos alfabetos&geometrias
enriqecemos urânio&bancos
gozamos sofremos
e destilamos vodka

Vc também tem medo
d apokalipse?
do Dia da Chegada?
da plataforma
onde se pousa?
E se não for Gabriel qem nos espera?

Pois ainda hoje
logo cedo
uma libélula
em minha janela
veio me confessar:
isso aqi é
o Carandirú dos Cosmos!

as borboletas desconhecem
o núcleo atômico
e lambem os gerânios
enqanto arrastam terremotos

A nave ainda corre
ainda é tempo
Voce ainda esta desperto?

Kada dia é um dia
antes do dia do Impacto

E lá na plataforma espacial
na parede do banheiro
com giz d abelhas alucinógenas
e pasta d dentes orbitais
escreve o astronauta Trellers:
“o amor cola
os cacos
da Grande Explosão”


Dos Evangelhus Profanus
https://www.facebook.com/KostelaDeKaim/photos/a.283682655079744.64280.283679441746732/791135121001159/?type=1&theater

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Mental Kombat




Limitações - Princípio de Suficiência- Abrangência
- Vc tem que compreender suas limitações, para depois alargá-las; trabalhar com tudo aquilo que vc pode alcançar, sobre aquilo que vc tem poder. Não se pode conhecer tudo, este desejo é um peso. Precisa estar leve para manobrar com leveza os instrumentos que possui. Uma vez dominado seus espaços, vc pode irradiar em todas as direções...
E se qer um bom kombat, uma guera justa, vá vc mesmo - não mande alguém ir lutar em seu lugar.

Ensinamentos de Bakunine, o Bruxo
Aukimistas Sec XXI

 
 
 


terça-feira, 17 de março de 2015

Biblioteka Nômade Alexandrya



O Sr. Krauze tomou uma dose de KonhaqeKavalo
comigo nesta noite
E sussurrou em meu ouvido:
Não mate as mariposas
alegando qe elas encobrem a luz
de seu abajour
Pode-se conhecer pela sombra
aqilo qe não vemos!


" - Como a literatura é um holograma, resultante de uma máquina insólita, mecanismo que deixa de existir ao gerar o holograma (e somente enquanto deixa de existir), não é nessa materialidade enganosa que devemos buscar a literatura. Ela não está no-texto, na-língua, no-alfabeto, no-discurso, na-gramática: está sempre depois. Esse depois, o holograma, deve ser o nosso campo de degustação, nosso lugar de brincadeira (o que alguns ainda chamam “objeto de estudo”).
- Esse holograma não reproduz, não espelha, não repete qualquer exterior; não explica, não conceitua nenhuma realidade; não parte de nenhuma história: nele todo o possível pode se ver: seu vazio de ser atrai qualquer existente que nele se ad-mire (a não ser quando a literatura é raptada pela Nação, pelo Povo, pela Cultura, pela Língua, pelo Poder, pela Mercadoria, pela Estupidez)."

sábado, 14 de março de 2015

Satelytes




Hoje
só porqe matei 1homem
Jesus veio ter comigo

Não disse nada
sentou diante da fogueira
comeu bebeu e riu entre nós
eu&outros assassinos

o qe podiamos fazer contra
sua karne de luz?
como podiamos recusar seu vinho&kompanhia
numa noite de cinza&apetite?

Ninguem falou de pecado
ou se lembrava da ressureição
Todos entre nós
fomos livres o suficiente
pra não precisar ter de comentar
as palavras qe Ele não disse

Bastou a nós compreender
sua fome&sede
seu andarilhar&aventura
E repartimos salsicha&pão industrial
com as moedas roubadas
do corpo qe fiz sangrar
lá no fosso do metrô

Seus olhos de brasa&embriaguez
se cerraram serenos
Nenhuma jerusalém no além
nenhum milagre no seculo XXI
só um cobertor
qe lhe emprestamos como sudário

deixamos qe dormisse entres nós
estirado lá no chão
como entre núvens
como se tudo não fosse fulizem
jogo&serpentes$escorpiões

Como se óleo diesel
boi de matadouro&flores&santos&borboletas&morcegos
fossem a mesma coisa!

Tudo isso hoje
só porqe matei 1homem
lá no fosso do metrô


(Evangelhus Profanus)
https://www.facebook.com/KostelaDeKaim/photos/a.283682655079744.64280.283679441746732/744606585654013/?type=1&theater




segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Crianças Selvagens

Crianças Qasares


Não nos substimem
com seus legos programados
Não pensem
qe em plena Era da Informaçao
já não percebemos as artimanhas
de seu jogo de palavras cruzadas

Não tenham certezas sobre nosso futuro
Não estamos aqi pra garantir
seu mundo modelo
preservar seus templos
e xerocar seus discursos
Não pensem qe viemos pra repetir
o qe já inventaram
Já lançamos nosso skait ao céu
as rampas dos foguetes
está em nosso qintal
Não catalogem nosso comportamento
A aula de anatomia já é vazia
já vimos as vísceras de nós
nas enciclopédias
desbotadas pelo próprio espaçotempo
Um burako negro comeu tudo
Tudo qe fizeram
já está dentro de nós
roda alfabeto geometria Alexandria
ciberspaço teoria da informação miscigenação
E não importa se vamos responder
conforme seus gabaritos
não precisamos mais de dever de casa
Somos elétrons livres
Temos olhos qantikos
Os tambores runfam em nossos sangues
e os violinos escapam de nossos pulsos
Somos aqeles qe tocam as Cordas do Universo
Crianças qe brincam com os dados
qe deus esqeceu
nalgum canto
do Jardim

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Biblioteka Nômade Alexandrya





Aqui estão os loucos. Os desajustados. Os rebeldes. 
Os criadores de caso. Os que são peças redondas nos buracos quadrados. 
Os que vêem as coisas de forma diferente. 
Eles não gostam de regras. E eles não têm nenhum respeito pelo status quo
Você pode citá-los, discordar deles, glorificá-los ou difamá-los. 
Mas a única coisa que você não pode fazer é ignorá-los. 
Porque eles mudam as coisas. 
Eles empurram a raça humana para frente. 
Enquanto alguns os vêem como loucos, nós vemos gênios. 
Porque as pessoas que são loucas o suficiente para achar que podem mudar o mundo são as que, de fato, mudam.




Terroristas Iluminados




J.Keruak, o Monge
esteve por aqi ontem a noite
e pintou um Kristo
na parede do banheiro

lindos olhos de vagabundo
tomado de 1ma paixão gigante
com lápis úmido de karpinteiro
saliva de budistas bêbados
cabelos de vento
Íris de vinho
lábios dormentes

Levou a garrafa de tekila qantika
com ele
e trabalhou em silêncio

rascunhou todas as estradas
os iluminados da montanha de gelo
e as meninas de tristessas
qe um dia amou
colou tudo qe habita nele
vagões girassóis pedaços de cadernos
as zilhões de almas
qe pulsa em seu koração monástiko
antes, depois e desde então

Pra kada traço
um satori
Kada vazio
o Absoluto
Kada gole
um quantun

Não pagou a conta
beijou Cecília Katrina
jogou dados com Kaim
e partiu sem dizer nada

Eu vi
seus vadios olhinhos de kristo
refletidos do retrovisor

Creio qe deixou
um punhado de ressureição no Kabaré


Magdalena Volveryne,
a Kafetina


Mental Kombat



MATE OS CONFLITOS
E NÃO OS SOLDADOS

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Metasokraticas




Cecília Katrina
com seu koração de furacão
tomou um onibus
e partiu rumo a New Orleans
em busca de desastres
blues & aventuras
e lá soterrou os meninos
qe ejaculam azul

Pois todo vinho
é o sacrificio das uvas mortas

Mas Cecilia Katrina vinha fazer justiça
Foi por causa dela
qe caiu as bolsas de valores
Dubai Nova york Frankfurt Tokio
No olho de seu furacão
morreram
mais de setecentos assassinos economicos
outros qatrocentos ecolobystas
e qebrou as parabólikas
do Vale do Silício

foi ela qe inventou os nanogafanhotos
pra devorar as plantações transgenicas







quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015


O Pastor das Ovelhas Negras



Não doutrinarás
Não edukarás praq sejam tua imagem&semelhança
Não fabrikarás aviões de guerra
Jamais evite a dúvida
Não existe “povo escolhido”
Não dirás teu próprio nome em vão
Tua terra é de ninguém
Não kobiçarás o sonho alheio
Não servirás aos desejos do Império
Não perderás a kapacidade de pensar porsimesmo
Kaminhe ä sombra dos satélites
De luz ás suas pupilas famintas
Empregue os paradoxos
Seja você a Grande Aventura
Não kruzarás o mesmo rio
Se negue a estar duas vezes no mesmo espaçotempo
Todo vinho tem um propósito
Tu deves voar
Não temer a Qeda
Nada está sob controle
O Sol é seu aliado
A lua tua amante
Qe fale o espírito porq a alma sabe a verdade
Amar o Kaos acima de todas as coisas



terça-feira, 27 de janeiro de 2015



Meu nome é Rosa Negra
E tenho um discovoador
Posso abduzir beijaflores
E fazer chover girassóis

Trago nos olhos o Holograma do Universo
Todos os jardins e paradoxos brotam de mim
o semen do big bang
o espelho de Eva, o cordão umbilical de Madalena Volveryne
e um pulsar – na vagina - a Grande Vida

Sei atravessar os burakosnegros
Cavo BurakosDeMinhoca no espaçotempo
E caio em outros universos
Navego a Rede de Hyndra
me camuflo no lado escuro da lua

Cynderela é o karalho
Qem me iniciou foi Alice Sartre
Qem me deu de beber foi o velho Irineu
Qantun é o nome de meu vestido
Foram os Dragões de Sirius qe
Kosturaram pra mim

Aprendi a sobrevoar órbitas e planetas
As vezes me qedo
Pra transar com os meninos das pleidades
E parir os exilados de Capela

Minha nave flutua nas trincheiras industriais
Lanço urânio sobre a cidademaqina
Gás laranja pros Senhores da Guerra
LSD nos olhos da polícia
Depois resgato as Crianças Selvagens

Visto o manto de Mahtama Ghandi
Tenho o exército de Juana Dark na retaguarda
Os visionários de Blake no flanko esqerdo
E a mão qe escreve é de Xico Xavier

Eu tenho um koração de titânio
Recheado de luz
E ele será minha armadura.

sábado, 24 de janeiro de 2015





Desce de suas esferas akenaton
Não somos mais servos dos anjos
somos amigos dos astronautas
e dos cavalos qe pastam na chuva

servos serão os qe seguem akenaton
senhores, os qe se creem akenaton

por nós mesmos geramos akenaton
e toda sua hierarqia de luz
o medo do mundo de cima
(como se aqela luz não fossemos nós proprios)
medo de voltar pro mundo debaixo
(como se não devessemos sujar as mãos de terra)
Tudo é nossa casa
nosso jardim nosso lixo

e por nós mesmos teremos de destruir akenaton
teremos de ser os matadores de anjos?
Pistoleiros santos?

As estrelas cadentes não são raras
Raros são os qe sobem a montanha
pra comer fagulhas do universo

Desce de suas esferas akenaton
vem conosco tomar seu cálice de vinho
amar os cavalos qe pastam na chuva
e fumar a neblina das rodovias

deixe qe os beijaflores
guardem os arcanjos
e venha nú,
porqe aqi em nosso jardim
as flores
são sexos abertos