sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Blake, o Arcanjo Qantiko

O Universo é um aglomerado de bolhas existenciais e vazios, dimensões coalhadas, tudo se interpenetrando num simulfluxo. Os homens creem que as coisas existem separadas: as pedras, os corpos as almas as borboletas. Mas isso só serve pra os homens racionalizarem, entenderem as coisas, e explica-las. Na verdade esta tudo mesclado, tudo coexistindo, não há fronteiras nem limite nem os paradoxos do tempo. E por causa dessa ilusão da mente, essa ilusão de separação, é que existe a InterZone, ou o EntreMundos. A própria mente construiu esses túneis e corredores entre os universos.
É por lá que Blake vaga, flutua, com seu corpo de plasmaluz e seu coração virado do avesso. Ele habita o limbo entre o ser e o não-ser. E pode entrar e sair desse limbo, como bem entender. Pode provar das energias e escapar das formas. 
Quando Blake se dispersa, ele é onda, ele esta uno com o Universo, reconhece a unidade do mundo, e nada precisa ser explicado. 
Mas quando Blake esta coeso, ele é partícula, esta verso com o Universo, e quer entender a relatividade das existências. 
Ele nunca se importou em ser nem não-ser, se permite vagar em todas dimensões e provar de todas as possibilidades, pois, tem fome e fúria demais pra okupar apenas um lugar no mesmo lapso de tempo, caso tempoespaço fossem reais.
Seus olhos de fumaça espakam da InterZone e nos convidam a vagabundear no Simulfluxo...
É bem possível confundirmos seus eletróns com os girassóis que chovem em Saturno!

Do Tratado do Mental Kombat
Livro III - Magos Qantikos
Cap. XVIII - MultiUnivero & Simulfluxo