O Universo é um aglomerado de bolhas existenciais e vazios, dimensões coalhadas, tudo se
interpenetrando num simulfluxo. Os homens creem que as coisas existem separadas: as pedras, os
corpos as almas as borboletas. Mas isso só serve pra os homens racionalizarem,
entenderem as coisas, e explica-las. Na verdade esta tudo mesclado, tudo
coexistindo, não há fronteiras nem limite nem os paradoxos do tempo. E por
causa dessa ilusão da mente, essa ilusão de separação, é que existe a InterZone, ou o EntreMundos. A
própria mente construiu esses túneis e corredores entre os universos.
É por lá que
Blake vaga, flutua, com seu corpo de plasmaluz e seu coração virado do avesso.
Ele habita o limbo entre o ser e o não-ser. E pode entrar e sair desse limbo, como bem entender. Pode provar das energias e escapar das formas.
Quando Blake se dispersa, ele é
onda, ele esta uno com o Universo, reconhece a unidade do mundo, e nada precisa
ser explicado.
Mas quando Blake esta coeso, ele é partícula, esta verso com o
Universo, e quer entender a relatividade das existências.
Ele nunca se importou
em ser nem não-ser, se permite vagar em todas dimensões e provar de todas as possibilidades, pois, tem fome e fúria demais pra okupar apenas um
lugar no mesmo lapso de tempo, caso tempoespaço fossem reais.
Seus olhos de fumaça espakam da InterZone e nos convidam a vagabundear no Simulfluxo...
É bem possível confundirmos seus eletróns com os girassóis que chovem em Saturno!
Do Tratado do Mental Kombat
Livro III - Magos Qantikos
Cap. XVIII - MultiUnivero & Simulfluxo