terça-feira, 16 de dezembro de 2014




Meu nome é Magdalena Volveryne
Metal, orqídea, karne & qasar
Jagunça santa!
... mulher braba do norte
Daqelas qe puxa a faca pra cabra froxo
Qe não olha pra dentro de si mesmo
e não vê seus sóis interiores
E qe tem medo do sertão dentro de si!


Sou filha de Antonio Konselheiro
Profeta e lavrador
E filha de Kora Koralina
Poeta e lavadeira
Daqelas bem faladeiras
La da serra dos gaviões

Meu tio, Bakunin, foi qem me alfabetizou
Ele me contava histórias de outros Sertões
Os sertões da CidadeMaqina
Uma delas dizia assim:
Lá em Brasília
As luzes da cidade é o medo da escuridão
o medo de ser sertão
E as estrelas parecem os aeroplanos
qe escapam do bucho do Avião
É preciso, todos os dias,
Por um plano-piloto na mente de cada burocrata
e de cada trabalhador
qe formigam nos Eixões
Praqe a Cidade continue
Praqe as luzes nunca se apaguem
E se veja qe é Sertão!


Sou Magdalna Volveryne
A kafetina
E posso fazer chover girassóis
La no Sertão.

 

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